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quinta-feira, 29 de abril de 2021

O Futuro do Turismo pós-pandemia - Uma visão global com um olhar a nível local

O secretário-geral da ONU, António Gutierres, salientou em uma entrevista recente a importância do turismo como um dos setores econômicos mais importantes do mundo. 

Em 2019, o turismo respondeu por 7% do comércio mundial. Foram registrados 1.5 milhões de turistas internacionais e 9 milhões de turistas que optaram pelo turismo doméstico em seus próprios países. Observa-se que o setor garante a subsistência de milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com dados de pesquisas recentes, 1 em cada 10 pessoas estão trabalhando na área do turismo. No Brasil, segundo dados da Agencia do Senado, foram criados 36.692 novos postos de trabalho, ou seja, houve uma alta de 1,2% em relação ao total de empregados em 2018. 

Com a pandemia da Covid-19, o setor do turismo sofreu quedas históricas, o documento “Turismo e covid-19”, apresentado pela ONU, analisa o impacto da covid-19 em um dos maiores setores da economia global. Com base em dados da OMT (Organização Mundial do Turismo), o documento foca nos pontos fortes entre as regiões analisadas pelo nível de desenvolvimento, bem como na importância que o turismo tem para o avanço da tecnologia e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Ainda de acordo com o documento da ONU, embora no início de 2020 o crescimento tenha sido contínuo, o turismo foi o mais afetado. Segundo a ONU, estima-se que a entrada de turistas possa cair entre 58% e 78%, pondo em risco cerca de 120 milhões de empregos e de pequenos comércios atrelados ao turismo. Tal fenómeno irá pôr mulheres e jovens (entre os 15 e os 24 anos) e outros trabalhadores informais em risco, uma vez que estes grupos representam a maior parte da mão-de-obra deste setor.

O impacto no turismo também trouxe problemas para a cultura, os dados apontam que 90% dos museus fecharam durante a pandemia — sendo que 13% ainda correm o risco de não voltarem a retornar às atividades. Em muitos  locais históricos e considerados Património Mundial da UNESCO, a queda foi tão alta que suas atividades foram encerrados, o que causou mais um problema para todos que dependem exclusivamente do turismo.

É importante observar que os números do turismo refletem diretamente no meio ambiente, quanto mais baixos, menores serão os financiamentos para a preservação da vida selvagem — que, até então, representava 7% do turismo mundial — e marinha (ONU 2020). Ainda segundo a ONU, o corte nas verbas representa um grande problema para as comunidades que moram nas proximidades das áreas protegidas e que subsistiam do turismo. Com a queda no setor, houve o aumento da caça furtiva e do consumo ilegal de animais selvagens, e para a destruição de habitats em áreas protegidas.

Para Antonio Gutierres, reconstruir o setor do turismo respeitando o desenvolvimento justo e sustentável é primordial. É de suma importância que as atividades turísticas estejam em conformidade com as metas climáticas.

De acordo com António Gutierres, são cinco as áreas prioritárias de recuperação:

1.   A segurança socioeconómica, especialmente das mulheres;

2. O estímulo da competitividade e da resiliência do setor, promovendo o turismo a nível nacional e regional;

3.  Uma utilização mais ampla da tecnologia no turismo, garantindo uma maior resiliência e mais empregos temporários;

4.  Uma mudança que leve ao crescimento sustentável e verde, para que o setor se torne mais eficiente, competitivo e, por fim, neutro em carbono;

5. A promoção de parcerias que permitam a transformação do setor e um alcance mais rápido dos ODS, pondo as pessoas e a sua segurança em primeiro lugar, facilitando e suspendendo as restrições de viagens de forma responsável e coordenada.

 

A recomendação da OMT para a recuperação do setor considera a necessidade de coordenação e cooperação global com o objetivo de ter de volta a confiança dos consumidores.

Durante a videoconferência do Global Summit 2021 ocorrido no último dia 26 de abril, evento do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), o ministro do turismo Sr. Gilson Machado Neto reforçou o potencial do Brasil e destacou o trabalho conjunto no pós-pandemia, ele pediu união para a recuperação do setor. O painel “Como recuperar 100 milhões de empregos”, do qual participou o ministro, tratou da colaboração público-privada no turismo e da coordenação internacional com o objetivo de reabrir fronteiras e alinhar os padrões de saúde e higiene com a implementação de protocolos globais, parte importante no processo da retomada da economia.

O ministro salientou a necessidade de governos e instituições públicas se unirem à iniciativa privada para que o turismo possa se recuperar de maneira mais rápida e mais forte. O ministro também ressaltou que “O Brasil vai ser uma grande oportunidade mundial para o turismo no pós-pandemia. Só o Brasil tem seis biomas diferentes e um ecoturismo único em todo o mundo”, explicou. “Além disso, não temos furacão, terremotos ou algas em nossas praias” (MTur 2021).

Pensando a nível local, Ilhéus tem muito potencial para um turismo sólido, uma economia forte e vibrante, é importante uma ação conjunta do setor público, privado e sociedade civil organizada para a retomada do crescimento do turismo, que juntamente com o meio ambiente, a cultura, a agricultura e a pesca formam os pilares da nossa economia.  

Estamos neste momento precisando da união de todos, de uma reforma administrativa justa e sustentável, e tudo perpassa pela cooperação entre as partes interessadas (stakeholders), “juntos somos mais fortes”. Nunca o termo “cooperação” foi tão necessário e tão importante. 

Para finalizar, vamos voltar nosso "olhar para o futuro", inovar para crescer, Cooperação faz parte da inovação. Pensemos nas palavras do Sr. Antonio Gutierres (ONU)....

“Vamos assegurar que o turismo recupere a sua posição de criador de empregos dignos, de rendimentos estáveis e de protetor do nosso património cultural e natural.” — António Guterres.

Por Maria Morais

Fontes: ONU, MTur, OMT

terça-feira, 20 de abril de 2021

PROJETO AESOP SOBRE O TEMA TRADIÇÕES ORAIS E HERANÇA CULTURAL EM ILHÉUS

AESOP é um projeto de capacitação para jovens que visa desenvolver suas capacidades e competências para que através de técnicas de contação de histórias e recursos disponíveis relacionados com a tradição oral, possam promover o desenvolvimento local.

O ano de 2018 foi nomeado o Ano Europeu do Património Cultural com o lema “A nossa herança: onde o passado encontra o futuro”. A principal motivação deste projeto é baseada nisso. Visa criar oportunidades culturais e empresariais para os jovens, o futuro de cada país, explorando as culturas populares intangíveis, principalmente as tradições orais e as culturas folclóricas, como contação de histórias, jogos, canções, danças e festivais do passado. O Patrimônio Cultural Imaterial é a riqueza de conhecimentos, cultura e habilidades que são transmitidos de uma geração para a outra. Tem valor universal para indivíduos, comunidades e sociedades e é importante ser preservado e transmitido, não como algo estático, mas como algo que está realmente evoluindo através do nosso envolvimento com ele.

Atualmente, um grande problema enfrentado pelo setor do patrimônio é o desaparecimento progressivo das habilidades, tradições e artes tradicionais. Isso ocorre porque a urbanização e o modo de vida moderno afastam os jovens do modo de vida tradicional vinculado a essas tradições. No entanto, ao mesmo tempo, o desemprego juvenil é muito alto, especialmente entre a ex-população rural que atualmente vive nas periferias de grandes centros urbanos. O patrimônio cultural é uma fonte de renda muito importante para as economias industrializadas e em desenvolvimento, especialmente em países que são caracterizados por importantes recursos nacionais e culturais. No entanto, embora haja um imenso escopo neste campo, existem muitas oportunidades que são deixadas inexploradas hoje, especialmente relacionadas com tradições orais e histórias que ainda não são vistas como uma fonte potencial de empoderamento juvenil e desenvolvimento local, especialmente para comunidades carentes com enorme capital cultural, mas recursos econômicos muito escassos. Esta necessidade foi identificada também pela Comissão Europeia que, em consonância com os objetivos da Agenda Europeia para a Cultura e a Comunicação da Comissão Europeia “Para uma abordagem integrada do património cultural na Europa” destaca a necessidade de valorizar o social da património cultural e a necessidade de reforçar a sua contribuição para o crescimento económico e a criação de empregos.

As tradições orais em todo o mundo têm muitos elementos comuns. Porque os homens comuns, em todo o mundo, enfrentam problemas semelhantes, possuindo meios elementares semelhantes para enfrentá-los. Com isso, eles os comunicam com outras pessoas, principalmente por meio da sabedoria popular moldada por essas realidades, que derivam principalmente dos contos de fadas e da tradição oral.

O projeto AESOP se concentrará nos seguintes tópicos:

- Do ponto de vista empresarial, o projeto explorará formas e meios de valorizar os elementos tradicionais da cultura local por parte dos jovens, de forma a torná-los mais apelativos ao público e a fazer com que contribuam com o turismo, cultura e educação. desenvolvimento.

- Do ponto de vista cultural, nos dará a oportunidade de trabalhar com jovens com formação artística em contação de histórias e teatro com o objetivo de capacitar-se e dar vida a contos oriundos de diferentes partes do mundo que no entanto possuem muitos elementos em comum.

A promoção do património cultural imaterial e da tradição oral é uma prioridade tanto nos países Parceiros que participam no projeto como nos países europeus. O Vietnã e o Brasil possuem ativos de Patrimônio Cultural Imaterial (ICH) muito importantes que, no entanto, têm um impacto muito pequeno no desenvolvimento local. Em Espanha e na Grécia, o desemprego juvenil é muito elevado e o ICH representa um grande potencial tanto para reduzir o desemprego juvenil como para contribuir para o desenvolvimento local.

O projeto vai organizar três seminários de capacitação dirigidos a animadores juvenis, um guia para animadores juvenis, investigação para a identificação dos ativos patrimoniais culturais relevantes e uma plataforma onde cada jovem que participará nas atividades publicará as suas atividades.

O projeto será implementado por 5 organizações parceiras de 4 países e 3 continentes (Grécia, Espanha, Brasil e Vietnã) que representam ONGs e organizações teatrais e culturais ativas no campo da juventude, aproximando assim os dois grupos.

Todas as atividades são baseadas em uma variedade de metodologias educacionais não formais, incluindo seminários, visitas de estudo, debates, bem como um curso de certificação em reportagem comunitária.

Também serão organizadas performances locais em cada país em cooperação com uma atividade de contação de histórias que será organizada no final do projeto no Brasil em Ilhéus. O projeto vai desenvolver uma série de recursos educacionais abertos para o público  jovem e interessados em trabalhar os tópicos desenvolvidos a nível local. Ao final do projeto, espera-se que os animadores e jovens desenvolvam significativamente suas competências em relação ao uso do patrimônio cultural imaterial como fonte de desenvolvimento local e inclusão social de pessoas marginalizadas.

O projeto é coordenado pelo teatro Aeroploio - Topos Allou da Grécia e co-coordenado pelos parceiros do consórcio em seus países de origem, A Cooperbom Turismo coordena no Brasil com as atividades a serem desenvolvidas em Ilhéus.

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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Bolha social segura MSC Cruzeiros


O MSC Grandiosa partiu no domingo, 24 de janeiro, do porto de Gênova, na Itália, para retomar os cruzeiros regulares de sete noites programados no Mediterrâneo, após uma curta pausa nas operações durante as festividades de fim de ano. O navio havia suspendido temporariamente sua navegação em decorrência do decreto italiano que restringia a circulação no país.

Desde que o MSC Grandiosa recebeu os hóspedes de volta a bordo em meados de agosto, recebemos mais de 30.000 hóspedes e o feedback deles até agora foi extremamente positivo, tanto que alguns hóspedes optaram por estender sua estadia a bordo por uma ou mais semanas.

O nosso protocolo de saúde e segurança ajudou a definir o padrão para o setor, tornando a viagem em um navio da MSC Cruzeiros uma das maneiras mais seguras de realizar férias incríveis.

Confira o vídeo abaixo que mostra como proporcionamos férias seguras e tranquilas para nossos hóspedes por meio da Bolha Social Segura MSC Cruzeiros. A bordo, triagem para COVID-19 antes e durante o cruzeiro, distanciamento social, excursões protegidas, limpeza e higienização constantes e equipe totalmente treinada.